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Sagitário, o arqueiro

  • Foto do escritor: Patrícia Helena Dorileo
    Patrícia Helena Dorileo
  • 5 de ago. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 22 de ago. de 2023


Meio bicho, meio humano. Centauro arqueiro. Animal, gente, divindade, tudo num ser só.

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Ilustração: Kate Stomber


Quando saímos das catacumbas de Escorpião, abraçamos qualquer vestígio de alegria e efusividade que foi ficando pelo caminho ao chegarmos em Sagitário. Abraça com a esperança que lhe governa, convicto de que tudo o que viveu até aqui é para que dias melhores insurjam ou, pelo menos, que sejamos um pouquinho maiores e mais sábios em nós mesmos. Território onde Júpiter regente colhe sua fartura em forma de consciência e sabedoria, pois sabe que o conhecimento formas as normas, controla o mundo. O homem morre, as ideias ficam. Portanto, o arqueiro viajante vai atrás delas.


Neste imenso vale, encontrar as filosofias, as leis e regras, os dogmas, as religiões, as culturas, os mais diversos povos, o mundo exterior, que formarão suas concepções e verdades. É o atravessamento de fronteiras. Signo dos mestres, dos gurus, dos professores, dos guias, dos educadores, dos sacerdotes – daqueles que têm a honra do saber e a humildade de compartilhá-lo. Quíron, o centauro ferido, consagra Sagitário. Ele que foi o grande mestre de todos os deuses e heróis mitológicos.


É um signo de fogo mutável, e sendo guiado pelo mestre Júpiter, tem uma expressão confiante, esperançosa, efusiva, em que se lança a flecha aos novos rumos tão desejados. Sagitário significa “armado de arco e setas”. Com a lança sempre apontada para o alto, projeta as ideias horizonte afora e acompanha essa projeção pelos vales numa cavalgada incessante, inquietante, animada e corajosa. A meta existe, em algum lugar essa flecha vai despontar, mas o que realmente importa é o caminho e, para tanto, carece de deter liberdade.


É o eremita peregrino que liberta a si próprio através da busca. Como André Gide outrora escreveu: “acredite em pessoas que buscam a verdade e duvide daquelas que a encontram”. O que é a verdade? – pergunta o centauro ao longo de toda sua existência, embora desprenda-se dela como algo material e determinista. Sabe ser bon vivant, idealiza por não se conformar com pântanos, pois não bastasse ser o grande sábio, este centauro é também um ser de fé. São estes os ensinamentos que hão de apropriar de cada um de nós sempre que o Sol estiver pelas campanas sagitarianas.


__ Patrícia Helena Dorileo - astróloga, reikiana e jornalista

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