Leão, o rei da selva!

Quando um leão ruge na selva, todos os demais animais abaixam as orelhas e abrem alas.

Com sua juba e imponência magistrais, o passo ensaiado, a beleza unânime e ao mesmo tempo assustadora, impõe respeito, admiração e reverência dos que o rondam. O que se vê é retrato da força que ele próprio reconhece em si.

Leão é o rei da selva. Na Astrologia, lugar para encontrar força e autoridade. Autoridade de si e do ambiente onde circunda, dos vales, dos palcos, da vida. Ninguém enfrenta um Leão. Ao desafiá-lo, sua ferocidade é desperta, e a coragem se torna cega agressividade.

Ilustração: Kate Stomber

Leão é signo de Fogo fixo, portanto não é aquela flama que incendeia, mas sim feito estrela que brilha incandescente. É regido pela estrela central do Sistema Solar, o próprio astro-rei, o Sol. Astro que guarda o centro da nossa personalidade, onde emana luz e vitalidade. Por isso se afeiçoa tanto a Leão. Reconhece seu trono. Por isso mesmo, não se dobra com facilidade.

Dentre os órgãos vitais que nos mantém, o coração é o mais importante do sistema circulatório, a estrutura que nos entrega circulação sanguínea e transporta nutrientes para todo o corpo e, este mesmo sangue, há de retornar para mantê-lo em atividade. É quem bombeia. Leão rege o coração. Tem baita responsabilidade, tipo o Sol, cujos raios irradiam sobre os planetas e recebe de volta sua própria imagem luminosa, e tem a tarefa de garantir sua honra protegendo suas Verdades.

Este é mesmo o signo do Rei, da majestade. Aquele que atua em nome de seu povo de forma generosa, criativa e com base nos quereres, pois, como já registrado, tem consciência do seu poder. Por isso, não é egoísta. É autocentrado, é diferente – ele diria. Afinal, tudo gira ao redor do seu reinado. Não se furta da incandescência escondendo-se em falsa modéstia, embora saiba repousar em si mesmo. Já observou um desses bichanos à relva?

“O meu coração é o sol, pai de toda cor

Quando ele lhe doura a pele ao léu

Gosto de te ver ao sol, leãozinho”

– versou prestigiosamente o leonino que, graças a Deus!, podemos chamar de nossa luz cintilante, jubilosa, o único, raro Caetano.

Depois de vivências lunáticas em Câncer, secamo-nos ao Sol e apropriamo-nos de nossas coroas.

___ Patrícia Helena Dorileo - astróloga, reikiana e jornalista.