Júpiter em Gêmeos, o exílio do mestre
- Patrícia Helena Dorileo
- 25 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Neste 25 de maio ocorre uma mudança celeste importante que perdura até 9 de junho de 2025: Júpiter transita em Gêmeos. O grande benéfico estará em terras distantes de seu lar, ou seja, em exílio, ficando confuso num espaço adverso à natureza de suas funções. Júpiter é quem forma as normas e as leis, representa a fé e as religiões, bem como a educação superior, guardando o conhecimento aprofundado. É o sábio, o mestre, quem concede benevolências fartas e estimula a esperança.
Em Gêmeos, Júpiter quebra as certezas absolutas, rompe os paradigmas estabelecidos, pois tantas ideias se convergem fazendo sentido, como um quebra-cabeças que sincretiza pensamentos, dogmas, conceitos - religiosos, filosóficos, científicos, e toda sorte de saber. Sendo o planeta que orienta nossas regras morais, éticas, espirituais, neste signo possui pouco compromisso com os regulamentos, podendo moldá-los a cada circunstância, experiência ou necessidade. A integridade é comprometida, fica suscetível a mudanças bruscas, tais atributos ficam bem mais difusos que deveriam.
Figura emblemática que carrega Júpiter em Gêmeos era Emmeline Pankhurst, uma das fundadoras do movimento sufragista britânico, tendo seu nome associado à luta e vitória pelo direito ao voto feminino além de exímias táticas mercuriais para levar as mensagens importantes adiante, fez comícios históricos com falas veementes e viajou por vários países discursando. Não era uma líder unânime dentro do movimento, mas foi capaz de disseminar as palavras certas para mudanças concretas, abstraindo utopias inalcançáveis – coisa que Júpiter nos próprios signos pode perder a mão, por exemplo.

foto: reprodução - Emmeline Pankhurst discursando
No signo de Mercúrio, Júpiter tem pressa de levar seus temas adiante. Isso, para a força jupiteriana, pode ser um problema - pode contar que pelos próximos meses isso que chamamos de fake news tende a piorar (eleições vêm aí), assim como a enxurrada massiva de conteúdos disponíveis nas redes sociais; pouca retenção de informação, que também possui pouca qualidade, em geral; confusões (para usar uma palavra amena) envolvendo tempo e figuras religiosas; cientificismo barato, a opinião sem argumento. É o Júpiter da inassertividade e do exagero.
Apesar das dificuldades que este trânsito pode apresentar, ainda assim estamos falando do grande benéfico. E se tem algo que ele pode contribuir, de modo geral, é ampliar as (boas) percepções de mundo. Como se canta na canção de Arnaldo Passos e Monsueto, “Mora na filosofia, pra que rimar amor e dor?”.
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Patrícia Helena Dorileo - astróloga, reikiana e jornalista.
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