Marte em Áries, o bravo guerreiro
- Patrícia Helena Dorileo
- 4 de mar.
- 2 min de leitura
Marte nadou, nadou, nadou. Não morre na praia, pois adquiriu coragem mediante tormentas. Agora, quando chega em Áries, mune-se de armamento amolado e requintado, cuja valentia lhe dará assertividade e conquistas. Veja, a arma pode ser belicosa, mas é, sobretudo, aquele talento que ofertará vitórias. Marte em Áries, no seu domicílio diurno, está pronto para assumir a luta que é dominar e vencer – suas funções primordiais.

Ultra colérico, é dominado pela ânsia de assumir as rédeas da vida, não tem tempo a perder. O que é preciso ser feito? Iniciado, continuado ou mesmo ceifado? Guerra é guerra, parceiro – diz esse Marte, sedento de vitória, a qual vem por tantos meios, mas sempre empunhando as ferramentas que estiverem ao seu alcance. Inflama-se pelos desejos mais primitivos.
Sob o heterônimo de Alberto Caeiro, Fernando Pessoa, descreveu Marte em Áries em versos:
“A guerra, que aflige com os seus esquadrões o Mundo,
É o tipo perfeito do erro da filosofia.
A guerra, como tudo humano, quer alterar.
Mas a guerra, mais do que tudo, quer alterar e alterar muito
E alterar depressa.
Mas a guerra inflige a morte.
E a morte é o desprezo do Universo por nós.
Tendo por consequência a morte, a guerra prova que é falsa.
Sendo falsa, prova que é falso todo o querer-alterar.
Deixemos o universo exterior e os outros homens onde a Natureza os pôs.
Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer coisas, deixar rasto.
Para o coração e o comandante dos esquadrões
Regressa aos bocados o universo exterior.
A química directa da Natureza
Não deixa lugar vago para o pensamento. [...]”
Marte Áries, aquele que altera o que está posto.
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Patrícia Helena Dorileo - astróloga, reikiana e jornalista.
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