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Marte em Escorpião, o ninja astuto

  • Foto do escritor: Patrícia Helena Dorileo
    Patrícia Helena Dorileo
  • 4 de mar.
  • 2 min de leitura

“Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada


Agora não espero mais aquela madrugada


Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada


O brilho cego de paixão e fé, faca amolada”


– fé cega, faca amolada [Milton Nascimento + Ronaldo Bastos]


Depois de tanto perguntar, articular, balancear desejos e condições, Marte sai do exílio libriano e chega no seu quartel general para traçar as estratégias do que é possível fazer na batalha travada e o passo a passo da ação impetuosa e decidida. Não arrega, fica quase obcecado, a glória não é simplesmente vencer, é ir à guerra crente e inviolável.


imagem: Pinterest
imagem: Pinterest

Em Escorpião, Marte afia espadas e amola as facas, prepara o quadro de táticas, algo muito mais importante do que a mera estratégia, previne-se com método de defesa e salvaguarda. Tudo isso em silêncio. Não gasta energia à toa, coisa de gente despreparada e que não compreende o risco da exposição, pensa. Eventualmente precisa parar, sentar-se e fechar os olhos. O rumo se baseia no que possui de concreto aliado à percepção sensível. É feito um ninja, taciturno e paciente, que aguarda a hora certa que o outro baixa a guarda para atacar com a mais assertiva direção. Possui a vigilância da autoproteção que funciona quase pelo sensitivo. O olhar que escuta, a escuta que vê, o passo que aperta antes de concluir o por que, o pressentimento protetor.


Escorpião é o domicílio noturno de Marte, são nestas terras que a coragem do guerreiro finalmente identifica a nobreza da paciência, da resistência e do remanso antes de todo e qualquer acometimento. A não-ação de tantas vezes não é inércia, é sabedoria pura. Marte em Escorpião age com precisão porque sabe que não se faz aliados em qualquer esquina, que os inimigos possuem suas virtudes e por isso os respeita, e possui a justa dose entre o envenenamento e o remédio que alcança a tão sonhada e planejada vitória. “Vai ser, vai ser, vai ter de ser”.


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Patrícia Helena Dorileo - astróloga, reikiana e jornalista.

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